No arco da ponte
À luz do luar
A arte joga-se
Em meio à multidão
Suicida-se o medo
Suicida-se as trevas
Me jogo nessa imensidão
Escuto e não entendo
Apenas sinto
Sinto o vento brincar
Sinto a melodia no ar
O bêbado interrompe
Ponho-me a sorrir
Me jogo no tempo
Esqueço de ir
Ouço o som do cigarro
Ouço o soar da cruz
Sinto o cheiro dos passos
Sinto um gosto de luz.
Tamires de Lima
Tamires de Lima