quarta-feira, 16 de março de 2011

Invenção




No arco da ponte
À luz do luar
A arte joga-se
Em meio à multidão

Suicida-se o medo
Suicida-se as trevas
Me jogo nessa imensidão

Escuto e não entendo
Apenas sinto
Sinto o vento brincar
Sinto a melodia no ar

O bêbado interrompe
Ponho-me a sorrir
Me jogo no tempo
Esqueço de ir

Ouço o som do cigarro
Ouço o soar da cruz
Sinto o cheiro dos passos
Sinto um gosto de luz.

Tamires de Lima

segunda-feira, 14 de março de 2011

Descanso



Acho que vou morrer hoje
Meu coração está muito apertado
Será que fiz tudo errado?
Uma angústia está invadindo o meu peito
Se continuar desse jeito
Não sei se vou agüentar...
Minhas pálpebras se fecham lentamente
Acho que vou dormir
Um sono lento e tranqüilo
E enquanto a Terra gira
O meu descanso é eterno.

Tamires de Lima