E mesmo quando todo o
teu sangue secar
E eu não puder mais
sentir tuas veias
E mesmo que tuas
entranhas desapareçam
Eu permanecerei te amando ao luar
E mesmo que eu não
sinta
O calor do teu corpo em
abraços
Mesmo que vire pó
Tuas mãos, tuas pernas,
teus braços
O meu amor por você não
cessará
E mesmo que não restem
mais trajes
Que a luz da sua vida
tenha se apagado
Mesmo que tenham levado
O teu templo, inerte, tão
frágil...
Eternamente ainda irei
te admirar
E mesmo que tudo em
você desfaleça
Que como as geleiras do
Norte
O seu corpo em um
jazigo permaneça
Eu ainda estarei daqui a
te olhar
E mesmo que só restem os
perfumes
Onde você costumava descansar
E ainda que seja comum
tua ausência
E que nas noites de
inverno
Não venhas mais me
abraçar
Em meus sonhos querida
Você nunca morrerá
Tamires de Lima