Retornei ao espaço onde nasci
Degustei fagulhas de aniversário
Renovação cósmica eu bebi
Mas essa noite o vento foi meu berçário
Embalando meus sonhos tão azuis
Com o universo formando o imaginário
E com a Terra dando mais uma volta
Desde quando o meu choro foi ouvido
Havia lágrimas e um corpo que me amava
Hoje nada, o espaço foi estendido
Só os meus olhos se encontraram marejados
Me sinto só, meu choro nem foi sentido
E eu que nem sei quantas vezes no universo
Essa Terra ainda irá girar comigo
Eu só sei que quando nasce a primavera
Nos setembros dos anos sustenidos
Mesmo com corpo triste e esvaziado
Quero mais sopro e mais tempo pra ser vivido
Tamires de Lima