sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Você





Você me faz conjugar o verbo instigar
Diferente de outros, em qualquer lugar
Personalidade forte e declarada
Em cada verso da sua face mostrada...


Eu percebo cada detalhe, cada expressão
Em sua linha, de pensamento a flor cai sobre o chão


Será outono? Não sei...

Se fores agora o que farei?
 
Olhe a corda rapaz, acorde meu bem, acordes tocados livremente
Simbologias traçadas sobre sangue viril enaltecem
Por que não me olhas nos olhos? 

Você me esclarece?

Entre em sintonia comigo! 

Deixe-me ser teu jazigo
 Não brigues garoto, o preto que queres está sobre ombro pressuroso
Não sejas tão tolo se tentas me enganar com esse sorriso meticuloso
 
Não sinto o perfume da rosa que exala
Não vejo a hora que passa calada

Só sinto uma falta, sua falta

A água que escorre, percorre estradas
Percorre veleiros, percorre fachadas
O vazio continua, a voz grave ecoa
Só sua imagem permanece 

Com a misteriosa sonhadora.

Tamires de Lima