sexta-feira, 8 de agosto de 2014

MENINA MARIA





Escorre o feto de afeto
Pelas pernas da menina Maria
Espelho da Vila escassa
Menina sem rumo
Sem rima;

Escreve o caminho incerto
Tão certo seria, Maria
Os olhos curvados, gelados
Olhar de espasmo que esguia;

E já não se ouve...
-Se cala!
-Acorde a Maria!
Com pés entre braços tombados
Sucumbe a menina, sozinha.

Tamires de Lima

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