Quando então o show acaba,
As velas se apagam,
O choro entra e converte tudo em lágrimas
Coração pulando pela boca
Sentimento amargo que invade alma
Arrependimento por algo certo
Convexo, complexo
Errado
Fale-me sobre sua vida
Conte-me seu passado
Noites em claro, jogado ao lado
Peito aberto, apunhalado
Visões estremecidas
Olhos baixos
Frio que faz morder os lábios
E congelar o coração
Ele pulsa, repulsa e cala
Saia de mim
Pule para fora do meu eu
Um verde sorriso
Um olhar tracejado
Molhado, regado com água dos mares
Os vales não são os mesmos
Todo seu regalo foi jogado ao vento
Num piscar de olhos
Universo falso, tremendo
Tremendo como os meus lábios
Esvaece agora todo o castelo em chamas
O recomeço brada o meu nome
Incessantemente
Adeus tão nobre oblíquo
Terra à vista me espera
Ponho minha âncora enfim
Saio do mergulho intenso
E piso os meus pés em terra firme
As luzes se acendem para um novo ato.
Tamires de Lima
Tamires de Lima
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