Eu sou a amargura na madrugada de festa
Eu me desmancho em lágrimas
Eu sou o corvo que grita incessante
Eu sou a sua triste sonata
Eu sou o espanto
O medo do escuro
O muro quebrado
Pelos solavancos da vida
Eu me transformei em ferida
E preciso de alguém para curá-la
Eu sou os olhos molhados
Sangrando, jorrando
Coração aos pedaços
Os fios de cabelo jogados ao ralo
O canto sombrio, vazio
O choro calado.
Tamires de Lima
Tamires de Lima
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